31/12/2015

2015 passado e guardado a limpo

Quando uma retardada ofendeu a Maju no Facebook se referindo a 2015 como século, mal sabia ela que além de ter o IP rastreado, estaria usando a melhor definição do que rolou nesses 365 dias. 2015 parece mesmo ter durado um século e isso não é nenhum exagero. Muitos vão lembrar desse ano pela crescente onda de terrorismo ou pelos escândalos que assolaram o Brasil de janeiro a dezembro. Mas como aqui é um território de cultura pop, vamos analisar se esse século valeu a pena a partir dos fatos que marcaram o cinema, a música, a televisão e os mangás.


Na televisão

Aqui no Brasil, a Globo viu, em seu aniversário de 50 anos, suas novelas modernas, com casal gay, falcatruas e mocinhas chatas serem desbancadas por uma trama bíblica, engessada e pretenciosa que virou trend topic mundial com a dita "melhor cena da história da televisão brasileira", sendo que 95% foi feita em Chroma Key de Revenge.

Acharam que esse seria meu ano, né? #Sabedenadainocente

Talvez seja pelo momento difícil que a sociedade está vivendo, mas tanto Babilônia quanto A Regra do Jogo decepcionaram. Em enredo e audiência. O flop foi tão grande, que atores medianos de Os Dez Mandamentos foram aclamados -pelo público- como sendo grandes monstros da teledramaturgia. E essa onda continuará por 2016, com a novela estreando sua segunda temporada e a saga dos hebreus em Canaã a ser contada em "A Terra Prometida". Desde já nos preparamos para ver Sérgio Marone e Guilherme Winter na lista de vencedores do Troféu Imprensa.
Na televisão internacional, True Detective decepcionou, Mad Men se despediu, Viola Davis emocionou e fez história no Emmy, Empire a nova Revenge bombou, e não é que a GaGa arrasou em AHS - Hotel?? Vai ver que por ser a Mamãe Monstro, ela se sinta mais confortável filmando uma série de terror do que cantando ArtPop.
E pra fechar o ano, Wagner Moura foi indicado ao Globo de Ouro mesmo com seu espanhol criticado. Mas como Hollywood acha que português é um idioma sinônimo, eles ignoraram esse detalhe assim como o resto do mundo ignora atores americanos/britânicos interpretando personagens franceses, russos, italianos, etc. em alto e nítido inglês.

No cinema

Foi o ano dos reboots. Mad Max, Star Wars, Jurassic Park e os milhões que arrecadaram (bilhão no caso de SW) estão aí pra provar. E olha que tinha um bocado de gente receosa com a Disney sendo a nova dona da franquia. Se saiu melhor que a Fox e o megaflopado Quarteto Fantástico (esse filme chega a ser pior que Batman e Robin, sem mentira nenhuma).

A Força está conosco.

Falando em Disney, a sua filha Pixar deve estar bem contente com o sucesso de Divertida Mente, que garantiu não só uma excelente bilheteria como mais um Oscar de Animação pro estúdio. Porém, como é um filme de Pete Docter, diretor daquela maravilha chamada Up!, a gente releva os comentários maldosos.
Cinderela também fez bonito, mas não menos que seu par romântico Robb Stark, quer dizer, Richard Madden. Por outro lado, Insurgente, Ted 2 e Jogos Vorazes ficaram aquém do que se esperava, seja em termos de público, crítica ou os dois ao mesmo tempo.
E 2016 vai começar com Leo DiCaprio sendo novamente o rei dos memes.

Na música

Sabe o que é você passar a primeira metade do ano ouvindo "Taylor Swift isso, Taylor aquilo", assistir ao clipe tão bombado dela que parece uma versão wanna be de Toxic da Britney -que lançou um clipe bem mais legal com a Iggy- com direito a um monte de famosas apenas aparecendo pela fama e pela capacidade de fazer carão? Se apenas isso tivesse acontecido, já seria o suficiente pra dizer que 2015 foi ruim, mas até na segunda metade do ano a menina rendeu (e encheu). Isso porque o ano começou com o Sam Smith arrasando no Grammy, ou seja, você já esperava o meio musical depressivo. Mas até ele sucumbiu mediante a hipnose popularidade da Sulfite.
E quando nossas esperanças estavam acabando, quem surge pra salvar os últimos 12 meses? Ela mesma, Adelão!

Resumindo a Taylor depois da volta da rainha.

E com isso vieram os recordes mais o sucesso da Sulfeto indo por água abaixo e todo mundo só falava em "Adele isso, Adele aquilo"? Mas who cares? Mil vezes melhor ver o sucesso de alguém que se destaca pelo ofício do que pela vida pessoal, e nem força uma imagem de popstar boazuda dos anos 2000.
Falando em forçada, em 2015 a Anitta bombou. E o sertanojo, quer dizer, sertanejo universitário, continuou bombando nas nossas rádios. Ainda temos muito que melhorar.

Nos mangás

One Piece se tornou o mangá mais vendido de todos os tempos, algo realmente admirável, considerando que Eichiro Oda consegue se manter coerente e interessante mesmo com a jornada do Luffy pra se tornar rei dos piratas beirando aos 20 aninhos.

Kaizoku Ou Ni Ore Wa Naru!!!

Os responsáveis pelo anime de Naruto definitivamente perderam o juízo colocando mais fillers na história mesmo com o mangá finalizado no ano passado. Contudo, dado o sucesso do gaiden da Sarada e do filme do Boruto, até que dá pra entender as razões deles. Afinal, até a Chouchou é mais legal do que a Kaguya.
Boku no Hero Academia se confirmou um sucesso e ganhou uma adaptação em anime que estreará em abril, Shingeki no Kyojin continuou fazendo sucesso, Toriko se manteve estável, Fairy Tail começou a dar sinais de destaque entre os fãs (finalmente) mesmo com os trocentos spin-offs lançados pelo Mashima. E Bleach, bem, se nem Aizen voltando conseguiu alavancar o mangá, é mais garantido que Hunter x Hunter sairá do hiato antes do mangá do Kubo voltar a ser bem colocado nas TOCs da WSJ.

Enfim, galera. Essa foi a nossa retrospectiva. E se 2016 será um ano bom ou não, o tempo dirá. A única coisa que não pode acontecer é faltar conteúdo pra gente comentar. HAHAHA!!
Feliz Ano Novo a todos!

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